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De Calixto Roxo aos dias de hoje

A origem de Ibicaraí se deu em um pequeno roçado, que pertencia ao Senhor Calixto Roxo, em terras localizada na região cacaueira, do sul da Bahia no município de Itabuna-Bahia, as margens do Rio Salgado, terras esta que foram desbravadas no início de XX, onde se plantava café. Após anos trabalhando com um único produto, o mesmo resolveu vender a propriedade em 1916, pela quantia de Cr$ 400,00 (quatrocentos cruzeiros), ao Senhor Manoel Marques dos Santos Primo. Relatos que o motivo de Calixto Roxo desfazer as terras, eram as frequentes visitas dos índios que andavam na região.

Manoel Marques iniciou uma nova história na região, passou a cultivar a cultura cacaueira. Essa atitude fez com que várias famílias migrassem para a região, no qual, Manoel e sua família foram acolhedores. As famílias que chegavam a cada ano foram se aglomerando e não demorou muito para que o roçado logo se tornasse um pequeno povoado. Foi construído um barracão, onde os homens que desbravavam a Mata para introduzir o plantio de diversas culturas, se reuniam para conversar e aproveitavam para negociar os produtos de suas terras.

Devido as constantes palestras que os homens faziam no Barracão, o povoado foi batizado com o nome de PALESTRA. A questão é que Palestra crescia muito rapidamente e a população se estabelecia desordenadamente no local, logo, necessitou da ajuda um especialista para demarcar as terras. Trazendo assim em 1920, o engenheiro Aurélio Caldas para realizar a demarcação das terras, ao deparar-se com o território fértil, o engenheiro afirmou que esta era uma "Terra Santa". O termo foi bem recebido pelos moradores do povoado, que passou a chamar o local de PALESTINA, sendo uma referência à Terra Sagrada do povo judeu.

Além da sede, faziam parte do território do novo município as vilas de Floresta Azul, Santa Cruz da Vitória, Firmino Alves, Itaiá e Itororó. Ibicaraí contava ainda, com os povoados de Cajueiro, Salmeia, Santa Isabel, Coquinhos, Ponto do Astério, Ipiranga, Rio do Meio, Jussara e Itati. Sendo um município essencialmente agrícola, a maior parte de sua população encontrava-se na zona rural. De acordo com o Recenseamento Geral de 1950, existiam em Ibicaraí, então sede distrital, 8.020 pessoas.

Em 1937, Palestina deixou de ser um simples povoado se tornando um distrito de Itabuna, tendo 12 administradores. No ano de 1943, pela força do decreto-lei de n° 141, Palestina passou a ser chamada de IBICARAÍ, que na língua Tupi quer dizer: Ibi (Terra) - Karaú (Sagrado). Sendo considerada alta sociedade do distrito, se mobilizavam para lutar pela emancipação, só sendo concretizada no dia 22 de outubro de 1952, pela Lei Estadual de n° 491, assinada pelo governador Regis Pacheco, com a presença da Comissão Emancipacionista liderada por Dagmar Pinto e demais políticos de Ibicaraí, além de políticos das cidades vizinhas, que fizeram acordos com os políticos ibicaraienses, para emanciparem suas localidades nos anos seguintes.

O território de Ibicaraí, foi desmembrado de Itabuna, possuindo uma área estimada de acordo com os limites que lhe foram dados pela Lei 491, de 22 de outubro de 1952, de 1.300 quilômetros quadrados. Conforme os resultados do Censo de 1950, o novo município (naquela época vila) passou a ter uma população de 73.397 habitantes, sendo 37.813 homens e 35.384 mulheres, localizando-se 84 por cento da população na zona rural.

Hoje o município, limita-se ao Norte com Almadina, ao Sul com Itapé, a Leste com Coaraci e a Oeste com Floresta Azul. Cerca de 73,65% da população é urbana e 26,35% é rural. Ocupa atualmente a área de 231,938 quilômetros quadrados.

Sua topografia, considerada acidentada, é formada pelas serras Jussara, Córrego Grande, Banha, Estância Manacá, Jacarandá e Quatro Porcos. O município é banhado pelo Rio Salgado e seus afluentes são: Córrego Grande, Cajueiro, Luxo, Banha, Saloméia, Barbados, Miúdos, Patioba, Iscas, Riacho de Areia, Ribeirão do Batista.

As principais atividades econômicas do município são: a pecuária bovina, agricultura familiar, cultivo do cacau e atividade mineral.


Texto baseado na Wikipédia

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